Coelhos, tartarugas, porquinhos da índia, peixes ou hamsters. Sabe o que estes animais têm em comum? São todos considerados animais exóticos.
O que define um animal exótico?
A definição de animal exótico engloba todos aqueles animais que, naturalmente, não pertencem a uma região geográfica, mas que foram trazidos pelo homem acidental ou intencionalmente. No entanto, esta designação é mais usada para descrever os animais de estimação de pequeno porte que não sejam gatos ou cães.
São considerados animais exóticos:
Roedores
Coelhos, chinchilas, ratazanas, furões, hamsters, porquinhos da índia.
Répteis
cobras, tartarugas terrestres e aquáticas, camaleões, iguanas, dragões-barbudo.
Aves
Canários, papagaios, caturras, periquitos.
Peixes e anfíbios
Rãs, salamandras, sapos.
Deve ainda saber que o “comércio” destas espécies está protegido pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES), por isso é necessário o seu registo. São 180 os países que fazem parte deste acordo com um único objetivo: garantir que o comércio destas espécies não põe em risco a sua sobrevivência no estado selvagem.
Será razoável adotar uma cobra ou uma iguana? Antes de adotar qualquer animal exótico, pense primeiro se consegue dar-lhe o ambiente adequado. Tenha em consideração a temperatura do ar, o ambiente e a alimentação. Não nos podemos esquecer que estamos a lidar com animais exóticos, que estão a viver num território estranho em relação às suas origens.
Além disso, não são apenas os cães e gatos que precisam de condições numa casa para viverem num ambiente saudável. Estes animais, tal como todos os outros, também precisam da alimentação correta, de cuidados básicos de higiene e também podem ficar doentes.
Médicos veterinários: os melhores amigos de todos os animais
Naturalmente, há médicos veterinários preparados para cuidar dos seus animais exóticos. Estes profissionais alertam todos os donos a estarem atentos a sinais como perda de apetite, manchas na pele, comichão ou redução da atividade normal, pois podem indicar patologias como parasitas, sarna ou crescimento excessivo de dentes.
Descubra algumas das dicas dadas pelos profissionais.
Roedores em casa: o que devo saber?
Os roedores são animais sensíveis que necessitam de check ups regulares, cuidados especiais com alimentação, entre outros.
Coelhos
Se tem um coelho em casa, certifique-se que ele realiza um check-up semestral que inclua exames físicos e análises microscópicas das fezes. Em relação à vacinação, deve ser feita a partir das cinco semanas de idade e a revacinação é anual. Informe-se com o seu médico veterinário sobre a desparasitação do seu animal, para não correr o risco de usar produtos tóxicos e sobre que cuidados deve ter relativamente à dentição, pois os alguns pequenos roedores apresentam dentes de crescimento contínuo.
A esterilização é aconselhada a partir da puberdade e ajuda a prevenir não só doenças do sistema reprodutivo, mas também comportamentos mais agressivos do animal.
Furões
Já os furões devem ser mantidos em gaiolas grandes e que não permitam, de nenhuma forma, a possibilidade de escapar. No entanto, precisa de ser solto para explorar o resto da casa. Este momento deve ser sempre feito com acompanhamento, para garantir que o animal não ingere nenhum objeto perigoso e que não entra em sítios de difícil acesso.
Estes pequenos carnívoros não devem viver com outros roedores. Quanto aos cuidados com a saúde dos furões, o check up trimestral é aconselhado. A vacinação deverá ser iniciada aos 2 meses e até aos quatro meses, é obrigatório apresentarem microchip.
O plano de vacinação recomendado inclui a vacina contra a raiva, a partir dos três meses de idade e com reforço a cada três anos, e a vacina contra a esgana, a partir das oito semanas de idade, com um a dois reforços, em intervalos de duas a quatro semanas. Já a desparasitação deve ser realizada consoante as indicações do médico veterinário.
Para evitar doenças reprodutivas, opte pela esterilização hormonal do seu furão, durante o primeiro ano de vida, com recolocação a cada dois anos.
Aprenda como cuidar de Aves
Sempre quis ter uma ave? Então, saiba que a decoração da gaiola, o espaço onde é colocada e a interação social são pontos importantes a ter em conta. Estas espécies revelam muito stress e aborrecem-se com facilidade.
Normalmente, quando estão doentes, costumam manifestar sintomas como apatia, mudança de comportamentos com os donos e companheiros de gaiola, modificações nos movimentos respiratórios, postura e pernas, secreções anormais nos olhos, narinas ou bocas e alterações no apetite e fezes.
À semelhança dos coelhos, os médicos profissionais também acham importante que as aves realizem um check-up semestral, com exames físicos e análises às fezes. Quando se deslocar até ao veterinário, leve a ave na gaiola que usa em casa, sem ser limpa. A desparasitação deve ser feita mediante as recomendações do médico.
Conselhos para donos de Répteis
O melhor conselho para um dono de répteis: garanta que eles vivem num ambiente o mais semelhante possível ao seu habitat natural. As doenças mais comuns nesta espécie costumam surgir pelo maneio incorreto.
Fique atento a indícios como perda de apetite, apatia, secreções anormais na boca, nariz, ouvidos e olhos e alterações dos dejetos e das escamas – ou retenção das mesmas.
As consultas de rotina são essenciais
A não esquecer sobre os animais exóticos:
- Animais exóticos são aqueles que se encontram fora do seu habitat original, num local diferente da sua origem.
- Os coelhos, tartarugas, hamsters, papagaios, iguanas, porquinhos da índia são alguns exemplos que fazem parte deste grupo de animais.
- Cada espécie tem as suas características e cuidados específicos.
- Certifique-se que qualquer que seja o seu animal de estimação, que o leva a consultas regulares com o médico veterinário.