Os animais também choram


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Os cães também choram

Falar dos animais sem ter em conta as suas emoções seria leviano ou, no mínimo, impreciso. Aparentemente os animais de quase todas as espécies têm vidas emocionais complexas. Sabia que os animais também choram? Saiba mais com o veterinário da DrBigodes.

Sabia que os animais riem e choram?

Todos os animais riem e choram, amam e sofrem. Quem tem animais ou lida com eles sabe que é assim mesmo. Não é preciso ser cientista ou ter grandes estudos para verificar que os animais de estimação, que moram em casa dos donos ou habitam no mesmo perímetro, compreendem os seus humanos, amam os seus cuidadores, reconhecem o seu cheiro, memorizam a sua voz e gravam no seu coração gestos e hábitos.

Todas as espécies sentem emoções?

Aparentemente os animais de quase todas as espécies têm emoções complexas. Mesmo os mais assustadores, indomesticáveis e repugnantes, que nos causam medos e fobias. Estudos recentes provam que sentem curiosidade, solidão, alegria e nostalgia. Têm saudades, mas também são tomados por raivas e assaltados por pavores. Têm acessos de fúria e precisam de momentos de descompressão. Portanto, os animais também choram.

Como é que os animais exprimem os seus sentimentos?

Ao contrário de muitas pessoas, que sentem alguma dificuldade em expressar emoções, os animais demonstram constantemente os seus sentimentos. Para o bem e para o mal são reactivos e viscerais. Se irritarmos um cão ele devolve com irritação; se enervarmos um cavalo ele fica enervado: se enganarmos um gato ele manifesta imediatamente o seu desagrado. A noção da consciência animal é fascinante e amplamente discutida pela comunidade científica, mas está longe de ser pacífica.

Os animais têm estados de alma?

A polémica sobre estas matérias gera discussões acesas, cheias de opiniões controversas e dados divergentes. Curiosamente, uma das razões apontadas para alguma escassez de pesquisa e trabalho de campo nestas áreas mais emocionais dos animais, por assim dizer, é o medo que os zoólogos, etólogos, cientistas e estudiosos têm de ser acusados de antropomorfismo. Ou seja, de blasfémia científica. Já acontece a investigadores que trabalham exclusivamente com animais, serem duramente criticados e até banidos da comunidade científica internacional por produzirem documentos onde descrevem os supostos estados de alma dos animais.

Os nossos animais fazem parte da família

Enquanto cientistas procuram evidências e tentam obter provas das emoções dos animais de cada espécie, nos os humanos que não dedicamos a vida a estes estudos, sabemos uma coisa e temos a certeza definitiva: sentimos amor pelos animais de que cuidamos e aos quais nos afeiçoamos. Um cão que nasce ou cresce em nossa casa, com os nossos pais ou os nossos filhos, passa a ser como família. Assim como um gato, um cavalo, um pássaro ou uma tartaruga.

Se ficam doentes damos-lhes medicação ou vamos com eles ao médico veterinário; se têm traumas tentamos perceber o que lhes aconteceu e fazemos de tudo o que está ao nosso alcance para os resgatar e curar essas suas feridas invisíveis; se amuam damos-lhes tempo e espaço; se se alegram, alegramo-nos com eles; se ficam mais abatidos preocupamo-nos, e por aí em diante. Até ao dia em que nos apercebemos que eles ficaram tão velhos ou tão doentes que vão morrer ou têm que ser abatidos.

E nesse dia percebemos que podemos nunca chegar a compreender a neurologia animal, nem saber verdadeiramente o que sentem os animais ou atingir o alcance da sua capacidade de se emocionar, mas damos conta de que os nossos sentimentos por eles são maiores, mais altos e mais fundos do que alguma vez julgamos possível. Nesse mesmo dia compreendemos que os laços que tecemos com os animais que nos são próximos só podem ter nascido de emoções muito fortes, mútuas e recíprocas, por assim dizer.

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