Estes lagomorfos (pequenos mamíferos herbívoros) e roedores, como os coelhos, porquinhos da Índia e chinchilas possuem dentes incisivos e dentes molares que crescem continuamente durante toda a sua vida.
Quais são as causas do crescimento excessivo dos dentes destes pequenos roedores?
Como herbívoros que são, o crescimento indevido da dentição só é controlado através da alimentação e sempre que esta não é suficiente, devem recorrer ao médico veterinário.
- Defeitos congénitos, como por exemplo, malformações da mandíbula;
- Trauma (quedas, etc) que leve à fratura de dentes ou alterações anatómicas da mordida;
- Alimentação incorreta, como feno insuficiente na dieta e/ou feno disponível de má qualidade;
- Alterações senis, tais como artroses que impeçam o normal funcionamento da mandíbula.
Que cuidados devem ter os tutores de roedores, em casa?
- Evitar quedas e outros traumatismos;
- Avaliação dentária precoce por um médico veterinário em animais jovens e em animais idosos;
- Oferecer dieta adequada: maioritariamente composta por feno, que deve ser o mais verde e mais largo possível (idealmente Timóteo)
Sempre que o seu roedor ou lagomorfo apresentar sinais clínicos de sobre crescimento dentário, deve ser avaliado o quanto antes por um médico veterinário especializado em animais exóticos. Recusa de feno, fezes mais pequenas ou não defecar, babar-se ou ranger os dentes são alguns dos sinais mais comuns.
O crescimento contínuo dos dentes é uma doença dentária que ao já estar estabelecida pode ser difícil de tratar e necessitar de cuidados veterinários regulares.
Sempre que o desgaste dentário natural não for eficiente, estes animais podem ser submetidos a limagens dentárias que por norma se tornam recorrentes tanto quanto mais grave for o problema! Este procedimento é realizado numa clínica veterinária ou hospital, sob anestesia geral e consiste no desgaste das coroas dentárias até ao nível de boa oclusão. Associado a este procedimento deve iniciar-se correção da causa do sobre crescimento, como alterações na dieta.
Pela sua fragilidade e metabolismo acelerado, os coelhos, porquinhos da Índia e chinchilas devem ser avaliados regularmente, com plano traçado individualmente para cada animal, para averiguação de estado dentário.