Estes parasitas externos estão em todo o lado e são dos maiores inimigos do seu animal. Saiba como combater as carraças e como tratar os seus efeitos com o veterinário da DrBigodes.
O que são as carraças?
São dos parasitas mais perigosos para os seus animais domésticos e podem comprometer a sua saúde. Falamos das carraças, um tipo de parasita externo, que se alimentam do sangue de vários hospedeiros como aves, répteis, anfíbios e mamíferos, incluindo os humanos. Os ixodídeos e os argasídeos são os dois grandes grupos de carraças, sendo que os primeiros são aqueles que normalmente têm mais impacto na saúde pública e animal.
Estes parasitas podem transmitir várias doenças contagiosas e têm tendência para se prenderem nas partes onde a pele do animal é mais fina e com menos pêlo. Por isso, se tiver que procurá-las, comece pelas orelhas, pescoço, barriga e entre a virilha, pois são zonas onde as carraças têm mais acesso ao sangue e, consequentemente, onde podem alimentar-se mais facilmente.
Quais são os riscos das carraças para o seu animal?
Este parasita pode transmitir doenças fatais ou crónicas ao seu cão ou gato. Basta apenas que a carraça permaneça no hospedeiro durante cerca de 12 a 24 horas, para que a transmissão de doenças aconteça.
Da lista faz parte a Febre da Carraça, também conhecida por Babesiose, Erlichiose ou Anaplasmose. A carraça, ao alimentar-se do sangue do seu amigo de quatro patas, transmite um pequeno parasita que, aos poucos, vai destruindo os glóbulos vermelhos. Nestes casos, o animal pode começar a apresentar febre alta, perder sangue pela urina e pode reparar que está mais triste e sem força.
Existe mais que um tipo de Febre da Carraça?
A Erliquiose é outro tipo de febre da carraça, que pode provocar anemia, perda de apetite ou vómitos. Embora mais raras, a Doença de Lyme ou a Meningoencefalite, também podem ser transmitidas por carraças.
Nem todos os animais infetados manifestam sinais de doença. No entanto, alguns dos sintomas mais comuns a que deve estar atento são a febre, depressão, tosse, dificuldades respiratórias, vómitos, diarreia, descarga nasal e/ou ocular, letargia ou presença de sangue na urina.
Como posso remover as carraças?
Para ajudar o seu cão ou gato, é importante que aprenda como pode livrar-se das carraças. Em primeiro lugar, deve saber que elas devem ser retiradas rapidamente, com cuidado e com o auxílio de uma pinça ou um gancho. Depois, coloque a peça o mais próximo possível da pele do seu animal e não aperte o corpo da carraça.
O passo seguinte é segurar a carraça pela cabeça e puxá-la lentamente em linha reta em relação à zona mordida, para não rasgar a pele. No final, não se esqueça de desinfetar a ferida na pele do seu animal e vá verificando o seu aspeto com regularidade.
Se tiver qualquer dúvida de como fazê-lo, já sabe que pode contar com a ajuda do seu Dr. Bigodes.
Cuidados a introduzir na sua rotina e do animal
Estar informado sobre o perigo das carraças não é suficiente. Saiba o que já pode começar a pôr em prática.
É importante que aspire com regularidade os tapetes e carpetes de sua casa, assim como é essencial que limpe por baixo dos móveis. Os locais onde os seus animais costumam passar mais tempo devem ser lavados com frequência, assim como a sua cama. No caso de ter uma zona exterior, garanta que as ervas estão curtas.
Além disso, deve acrescentar à lista a higienização das paredes exteriores e frestas. Uma vez que as carraças conseguem trepar troncos de árvores, paredes e muros, é importante que higienize até, pelo menos, um metro de altura.
Acresce aos cuidados de limpeza, a prevenção contra as carraças, que deve ser feita durante todo o ano. Pode ser realizada, por exemplo, através da administração de desparasitantes externos tópicos (pipetas, coleiras ou sprays) ou orais (comprimidos), pois são produtos que têm efeito acaricida ou repelente, que matam as carraças.
Igualmente essencial é que não se esqueça da importância de realizar a desparasitação do seu patudo, ao longo do ano. Esteja atento ao seu animal de estimação e, em caso de necessidade, não hesite em marcar uma consulta com o médico veterinário. Prevenir é melhor que remediar.