Conheça as doenças mais comuns nos gatos


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Conheça as doenças em gatos mais comuns,

Sabe quais são as doenças mais comuns nos gatos? O Dr. Bigodes reuniu-as num artigo para que não lhe escape nenhuma informação.

Descubra as Doenças mais comuns nos gatos

São a companhia de todas as horas e os melhores amigos da ronha. Os nossos companheiros felinos merecem o melhor tratamento possível. Para que consiga garantir os melhores cuidados ao seu animal, é importante que conheça as doenças mais comuns nos gatos, como os afecta e como pode prevenir. 

O que pode provocar conjuntivite no meu gato?

A conjuntivite é uma das doenças mais frequentes entre gatos e acontece quando se verifica uma inflamação da mucosa dos olhos. Para conseguir ajudar o seu gatinho, esteja atento a possíveis sintomas como vermelhidão e inchaço dos olhos, lacrimejar constante e comichão. 

Pode ser uma infeção bacteriana, por exemplo, causada por Chlamydia Felis, vírica, alérgica ou traumática. 

Quando bacteriana, é altamente contagiosa. Esta bactéria afeta a conjuntiva ocular e as mucosas e é a responsável por muitos casos de conjuntivites agudas e crónicas nos gatos.

Em relação ao contágio, deve saber que este acontece através do contacto próximo entre gatos.

A secreção ocular, associada a conjuntivite, é o principal sintoma manifestado pelos companheiros de quatro patas com Clamidiose Felina. O período de incubação é de dois a cinco dias. Há outros sinais manifestados pelo animal a que deve estar atento:

  • Espirros
  • Febre
  • Perda de peso
  • Corrimento nasal
  • Olhos avermelhados e inchados
  • Excesso de lágrimas
  • Infeções respiratórias
  • Salivação intensa

Quanto ao tratamento, é realizado através da administração de antibióticos, receitados pelo médico veterinário, mas também pode ser aconselhado realizar a limpeza das secreções oculares.

A vacinação é a melhor forma para prevenir esta doença. 

Já ouviu falar na Leucemia Viral Felina?

A Leucemia Viral Felina (FELV) é uma das doenças mais graves e integra a lista dos problemas de saúde mais comuns entre os gatos. Não existe cura, sendo letal na maioria dos casos.

É considerado um dos vírus mais mediáticos na medicina felina. Além da sua prevalência poder ascender os 20%, é de realçar a gravidade dos danos que a doença provoca.

A Leucemia Viral Felina pode ser facilmente transmitida através da saliva, secreções nasais, fezes e leite. Por exemplo, numa luta entre os gatos que envolvam mordeduras, ou num simples contacto amigável entre gatos. Gatos seropositivos são o principal foco de infeção e os felinos com acesso ao exterior e mais jovens são considerados grupos de risco.

Alguns dos sintomas manifestados pelo animal são a falta de apetite, febre, depressão e perda de peso. No entanto, eles podem variar de caso para caso. Por exemplo, nos FeLV progressivos – a forma mais grave da doença – os sinais clínicos normalmente verificados são anemia e imunossupressão.

Só contactando um médico veterinário é que poderá saber se o felino contraiu o vírus. O profissional irá realizar testes laboratoriais que conseguem detetar esta infeção. Uma vez que não há cura para a leucemia felina, o controlo da doença envolve terapêutica de suporte e prevenção de infeções secundárias.

Como na maioria das doenças, a melhor forma de prevenir envolve a vacinação. Todos os gatos que corram o risco de exposição a este vírus devem ser vacinados, a partir das oito semanas de idade. Por outro lado, se não sabe se o seu gato é FeLV positivo, realize um teste primeiro antes de decidir vaciná-lo. A higienização é outras das medidas essenciais na prevenção contra o FeLV.

A Rinotraqueíte Felina em gatos

A Rinotraqueíte Felina é uma doença respiratória viral que afeta o trato respiratório superior. Causada pelo herpesvírus, ataca sobretudo os gatos mais jovens, não vacinados.

Mesmo depois de controlado e tratado, o vírus não desaparece. Situações que provoquem stress no animal, como mudança de casa, gravidez, lactação ou uso de corticosteróides, podem fazer com que o vírus reative.

A transmissão da doença dá-se pelo contacto direto entre os gatos, através de ‘lambidelas’, pela partilha das taças de comida e bebedouros ou pelo contacto indireto – a partir das secreções nasais, orais e oculares.

Os sinais clínicos da Rinotraqueíte Felina podem ser respiratórios, se o gato apresentar tosse, corrimento nasal, espirros ou rinite. Podem ser oculares, caso se verifique conjuntivite, corrimento ocular, queratite ou protusão da terceira pálpebra ou orais, se notar úlceras na boca e sialorreia.

Outros sintomas da doença são a febre, perda de apetite, salivação intensa, desidratação, dermatite ulcerativa e prostração.

Não existe, até ao momento, um tratamento para a doença. Os esforços feitos consistem em controlar os sintomas apresentados pelo animal. Os felinos curados tornam-se portadores, uma vez que já não apresentam os sintomas, mas continuam a hospedar o vírus, podendo infetar outros indivíduos.

Normalmente, são receitados antibióticos e anti-inflamatórios para controlar a presença de bactérias e diminuir a inflamação dos tecidos infetados. O médico também poderá recomendar o uso de descongestionantes nasais, nebulizações e colírios.

Além disso, garantir que a casa do animal está limpa com desinfetantes fortes, como a lixívia, é fundamental para eliminar do ambiente a presença do vírus.

Esta doença pode ser prevenida com a vacinação adequada. Contacte o Dr. Bigodes para programar o plano de vacinação do seu gato, para garantir que inclui todas as vacinas obrigatórias ou recomendadas consoante o estilo de vida do seu companheiro de quatro patas. 

O que sabe sobre infeções na boca dos gatos?

Há uma grande tendência para ignorarmos a saúde bucal dos nossos gatinhos. E se lhe dissermos que a gengivite é um dos principais problemas que compromete o seu bem-estar?

As gengivas, assim como os tecidos interiores da boca e a faringe, são atingidas e apresentam feridas que sangram como a erosão e ulceração. Embora qualquer gato possa contrair a doença, regista-se mais nos gatos jovens ou de meia-idade, e nos de raça pura, sobretudo o siamês e o abissínio.

A gengivite pode manifestar-se de quatro formas:

Gengivite marginal aguda

A gengivite marginal aguda é quando se vê, em redor dos dentes, uma linha vermelha na gengiva.

Gengivite severa com estomatite

A Gengivite Severa com estomatite provoca lesões mais profundas e intensas nas áreas gengivais dos dentes pré-molares e molares.

Estomatite severa com gengivite-faucite

Estomatite severa com gengivite-faucite é uma inflamação grave da mucosa oral. Por vezes, pode chegar a atingir a língua e a parte rígida do céu da boca.

Orofaringite severa

Orofaringite severa é semelhante à estomatite, mas afeta ainda a parte posterior da boca e orofaringe.

Esta doença inflamatória oral crónica apresenta sintomas como o mau hálito, perda de peso e de apetite, apatia, produção excessiva de saliva e dificuldade em mastigar ou o gato negar mesmo alimentar-se.

O tratamento deve incluir uma boa higiene oral e incluir escovação, higienização e limpeza. O médico poderá aconselhar a realização de uma destartarização. O veterinário irá adaptar o tratamento a cada animal e a cura pode passar por antibióticos e antissépticos orais, anti-inflamatórios – para diminuir a dor e a inflamação – ou imunossupressores – para que o organismo do animal reaja menos contra o sistema imunitário. 

Outras doenças comuns nos gatos

Há outros problemas de saúde que podem andar a incomodar o gatinho. A diarreia, por exemplo, é uma das doenças mais desagradáveis, não só para o animal, como para os seus donos.  Apesar de ser bastante comum aparecer em gatos, consulte o Dr. Bigodes para perceber o que poderá estar a causar a diarreia. Doenças como pancreatite, doenças inflamatórias intestinais ou o hipertiroidismo podem ser algumas das explicações.

É importante que saiba ainda decifrar os vómitos do seu fiel companheiro. Caso eles sejam esporádicos, não há razão para grande alarido. No entanto, se eles começarem a acontecer frequentemente, deverá consultar o médico veterinário. Das bolas de pelo, a intolerâncias alimentares ou até ansiedade, há várias causas que podem explicar a origem dos vómitos.

A não esquecer:

  • Uma das doenças mais comuns entre os gatos é a Clamidiose Felina, uma bactéria contagiosa, que afeta a conjuntiva ocular e as mucosas.
  • Já a Leucemia Viral Felina é um dos problemas de saúde mais graves e que não tem cura. Sintomas como febre, perda de peso ou depressão poderão ser sinal de que algo não está bem.
  • A gengivite, infeção na boca dos gatos, compromete as gengivas, os tecidos interiores da boca e a faringe do gato.
  • Esteja atento a outros comportamentos como diarreia ou vómitos do seu gato. A conjuntivite também é bastante frequente atingir os peludos.
  • O melhor remédio para prevenir todas estas doenças (com exceção da gengivite) é a vacinação em dia. 

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