Leishmaniose Canina: o que é e como prevenir


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Leishmaniose Canina

A Leishmaniose canina é uma doença infeciosa parasitária grave entre cães, que pode ter implicações na saúde humana. Saiba como diagnosticar e prevenir com o veterinário da DrBigodes!

O que é a Leishmaniose Canina?

Se tem cães a viver consigo, o mais provável é que já tenha ouvido falar na Leishmaniose Canina. Também conhecida como “doença do mosquito”, é uma doença parasitária grave, causada pelo protozoário Leishmania infantum, e transmitida pela picada de insetos flebótomos. Localiza-se, sobretudo, na medula óssea, nos gânglios linfáticos, no baço, no fígado e na pele.

É contagiosa?

Apesar do cão ser o principal hospedeiro, esta doença é considerada uma zoonose, pelo que pode afetar também o Homem e outras espécies animais, como os gatos, raposas e roedores. Ao contrário do prognóstico favorável nos humanos, a Leishmaniose Canina ainda não tem uma cura, pelo que pode ser fatal.

Portugal é considerado um país endémico, com uma prevalência média de Leishmaniose Canina de cerca de 6% (6 em cada 100 cães estão infectados), e alguns distritos chegam a atingir os 17%. Em grande parte do território nacional, a doença prevalece com índices significativos, mas são as regiões do Alto Douro, Trás-Os-Montes, região Metropolitana de Lisboa, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve os focos endémicos principais.

Como é que o seu cão pode contrair Leishmaniose Canina?

Como já referido, é através da picada de insetos flebótomos que o parasita é transmitido. Estes insetos, de cor amarela clara ou castanho escuro, habitam em caixotes de lixos, jardins, matas, em refúgios de animais e alimentam-se, sobretudo, ao final do dia.

Os flebótomos são mais ativos entre abril e setembro, quando o calor começa. Em anos mais quentes podem começar a manifestar-se em março e prolongar-se até novembro. 

Pastor Alemão, Boxer, Doberman, Cocker Spaniel são algumas das raças que têm incidência de Leishmaniose Canina. Além disso, cães de raças exóticas, de pelo curto, cães que vivam no exterior, ou que passem a maior parte do tempo fora de casa, também correm maior risco de infeção.

A que sintomas devo prestar atenção?

Em primeiro lugar, saiba que o período de incubação pode variar de um mês até dois ou mais anos e que há cães que são assintomáticos durante muito tempo.

A queda de pêlo – especialmente em redor dos olhos, nariz, boca e orelhas, assim como as lesões cutâneas e oculares -, são três dos sintomas mais comuns. Outros sinais frequentes a que deve estar atento é o aumento dos gânglios linfáticos, febre, perda de peso e apetite, crescimento exagerado das unhas, descamação da pele ou anemia. Numa fase mais avançada da doença, podem começar a manifestar-se alterações dos rins, fígado e baço.

Existe tratamento para a Leishmaniose Canina?

Em relação ao diagnóstico, só será possível confirmá-lo através da realização de análises laboratoriais. Caso precise, não hesite em contactar o Dr. Bigodes, que cuidará do seu animal, onde ele se sente melhor, em casa. Quanto mais depressa a Leishmaniose Canina for diagnosticada, mais hipóteses de sucesso terapêutico existem.

Quanto ao tratamento, importa saber que não há uma cura definitiva para a Leishmaniose. Existem alguns tratamentos que ajudam a atrasar ou estagnar a evolução da doença. Eles passam essencialmente pela administração de medicamentos leishmanioestáticos (medicamentos que impedem o desenvolvimento do parasita Leishmania).

É essencial que realize rastreios anuais da Leishmaniose Canina, para que seja possível diagnosticar precocemente possibilitando, desta forma, um tratamento mais eficaz.

Vacina Leishmaniose : A importância da vacinação na prevenção da Leishmaniose Canina

O velho ditado sempre nos ensinou que prevenir é melhor que remediar. Com a Leishmaniose Canina, não é diferente, sobretudo quando os tratamentos que existem não eliminam definitivamente a doença.

A vacina contra a leishmaniose canina é vital na prevenção desta doença potencialmente mortal. A vacina leishmaniose induz o sistema imunológico do cão a produzir uma resposta imune contra o parasita, auxiliando na prevenção da doença. no entanto a vacinação precisa ser combinada com outras medidas como:

Evitar passear com o seu cão entre o amanhecer e o entardecer, o período de maior atividade dos flebótomos transmissores. Garanta que a sua casa está limpa, não acumule detritos a céu aberto e deixe os sacos cuidadosamente fechados e colocados em contentores próprios.

Deve ainda saber que uma boa alimentação vai permitir que o seu cão fortaleça o sistema imunitário e, consequentemente, ganhe maior resistência a doenças e infeções.

A desparasitação regular é outra das medidas que vão garantir o bem-estar do seu patudo. Pode ajudar a prevenir esta doença aplicando no seu animal, com regularidade, inseticidas com efeito repelente, como coleiras ou pipetas

Quando e como deve ser administrada a vacina contra a Leishmaniose?

A vacina leishmaniose é de toma única, devendo ser dada apos a administração da Vacina Multipla e da Vacina da Raiva, normalente a partir dos 6 meses de idade.

Antes da primeira dose, o animal deve realizar um teste de diagnóstico para confirmar que não padece já da doença, pois nestes casos a vacinação não será necessária. As revacinações são feitas uma vez por ano, sendo a primeira 12 meses após a dose da primovacinação. 

Tenha atenção que caso ultrapasse os 12 meses após a vacinação, deverá ser realizado um novo teste de diagnóstico.

A não esquecer:

  •  A Leishmaniose Canina, doença parasitária grave, é causada pelo protozoário Leishmania infantum, e transmitida pela picada de insetos flebótomos.
  •  A queda de pelo, as lesões cutâneas e lesões oculares estão entre os sintomas mais comuns.
  •  A prevenção é a medida mais importante, não só para reduzir o número de casos de leishmaniose nos animais, mas também para evitar o risco para os humanos.
  • A vacina leishmaniose apesar de não ser 100% eficaz, é uma das melhores formas de prevenção da doença.
  • Aconselhe-se com o Dr. Bigodes sobre a vacinação e desparasitação do seu animal, duas medidas fundamentais para garantir o bem estar do seu cão. 

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